CDB: o que é? É seguro? E quais tipos existem?
Você quer sair da poupança, já ouviu falar em CDB, mas não sabe o que é? Então, leia esse artigo até o final. Aqui vamos te explicar o que é um CDB, se é mesmo seguro investir nesse modelo de aplicação e te mostrar quais tipos existem. Ao final da leitura você já será capaz de iniciar seus investimentos em CDBs.

Conteúdo
O que é CDB?
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) estão entre os investimentos de renda fixa mais conhecidos pelo brasileiro. Quando você investe em um CDB, empresta dinheiro para o banco. Ou seja, os CDBs são uma forma que os bancos usam para captar recursos.
O banco usa esse dinheiro captado para fazer empréstimo a outras pessoas.
Os juros sobre o valor que você investiu são o prêmio que você recebe do banco por fazer esse empréstimo a ele é. Esses juros são acordados desde o início da aplicação, como ocorre em todos os produtos de renda fixa.
É seguro investir em Certificados de Depósito Bancário?

A segurança do investimento em CDB começa em relação às taxas. Afinal, antes de iniciar um novo investimento, é comum nos preocuparmos se as taxas não irão corroer os ganhos.
A boa notícia é que não existem taxas de administração sobre os CDBs. Na hora da escolha do CDB você só deve se atentar se a corretora que escolheu para fazer o investimento não cobra custódia ou taxas de corretagem.
O imposto de renda sobre os CDBs é cobrado na fonte, ou seja, você não precisa se preocupar em ter que pagar quando receber. Ele é cobrado só sobre o juros recebido no resgate ou vencimento. Além disso, o imposto é regressivo, isto é, ele diminui de acordo com o tempo que você permanecer com o dinheiro na aplicação. A maior alíquota é de 22% para aplicações mantidas por até seis meses. Contudo, se você prefere pagar o mínimo de imposto, precisa deixar o dinheiro aplicado por mais de dois anos. Essa taxa mínima é de 15%.
Mas o maior sentimento de segurança sobre o CDB, assim como ocorre na poupança, vem do fato dele contar com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso significa que caso haja a quebra do banco emissor do CDB, o governo irá te ressarcir até R$250 mil investidos naquele banco. Entretanto, se suas economias passaram de R$250 mil e você quer continuar aplicando em CDBs, basta diversificar os CDBs em bancos diferentes. Assim você conseguirá manter a segurança do FGC.
Ainda sobre a questão da segurança, atente-se ao valor do juros prometido. No geral, quanto maior o juros, maior o risco do emissor quebrar. Se você quer saber como fazer a escolha do emissor de forma consciente, dê uma olhada neste artigo.
Liquidez dos CDBs
A liquidez mede a velocidade com que você consegue resgatar seu dinheiro. Nos CDBs ela pode ser diária, permitir resgate antecipado ou somente no vencimento.
Na liquidez diária é fácil transformar seu investimento em grana de novo. Basta você ir à instituição onde fez o investimento e solicitar o resgate.
Alguns bancos te permitem o resgate antecipado do CDB, ou seja, você pode pegar o dinheiro antes do vencimento. Contudo, existe o risco de você não receber todo juros que receberia se mantivesse a aplicação até o final. A opção pelo resgate antecipado, dependendo do seu contrato com o banco emissor, pode até te levar a perder dinheiro. Nesses casos o ideal é carregar o CDB até o fim do prazo contratado.
Os CDBs com liquidez diária também são uma modalidade com resgate antecipado. Todavia, nesses casos, o contrato prevê que os juros proporcionais ao período que você manteve a aplicação serão pagos. Assim, não há perda de dinheiro nesses CDBs quando resgatados após o período de carência.
A carência é um período anterior ao vencimento, onde a partir daquele momento você poderá resgatar sua grana. Pode acontecer, por exemplo, de um CDB de liquidez diária ter uma carência de 90 dias. Nesse caso, você só poderá resgatar seu dinheiro a qualquer momento após os 90 primeiros dias da aplicação.
Existem ainda CDBs nos quais o resgate só pode ocorrer ao final do período contratado, ou seja, a data de carência é igual à data de vencimento. Esses você precisará carregar até o vencimento, ou vender a preço de mercado para outros investidores no mercado secundário. Nessa venda você poderá perder dinheiro.
Em conclusão, se você pode precisar do dinheiro a ser investido antes do vencimento, é mais seguro optar por CDBs de liquidez diária.
Rentabilidade
A rentabilidade dos CDBs pode ser pós-fixada, variando de acordo com uma taxa da economia, ou prefixada, onde você consegue saber exatamente quanto vai receber no vencimento.
CDB pós-fixado
Os CDBs pós-fixados no geral estão atrelados ao CDI ou ao índice IPCA. Nesses CDBs não é possível calcular o valor a receber no vencimento, pois depende da variação das taxas as quais estão atrelados.
Por ser um título de origem bancária, é comum vermos CDBs com juros atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O CDI tem seu valor próximo à taxa SELIC, a taxa básica de juros do Brasil. Segundo a InfoMoney, para que um CDB atrelado ao CDI tenha boa rentabilidade ele deve oferecer um juros igual ou superior a 100% do CDI.
Já os CDBs atrelados ao IPCA têm a vantagem de estarem seguros frente a inflação. Isso porque o IPCA é a principal taxa que mede a inflação no Brasil. Nesses CDBs o juros acordado é o valor do IPCA mais uma porcentagem prefixada. Por exemplo, digamos que o IPCA esteja a 8% ao ano. Nessa situação hipotética, um CDB que renda IPCA + 5% ao ano vai resultar em juros de 13% ao ano.
Nos grandes bancos é comum vermos ainda os CDBs progressivos. Esse modelo de CDB é pós-fixado, e está, geralmente, atrelado ao CDI. Entretanto, a rentabilidade inicia baixa e cresce com o tempo. Ele pode, por exemplo, dar 90% CDI ao ano nos primeiros anos de aplicação, depois aumentar para 100% e nos últimos anos ir para 110%. A vantagem desse modelo é a liquidez, pois ele permite o resgate antecipado. Os bancos usam esse tipo de CDB para tentar evitar que o cliente faça o resgate antecipado, uma vez que, quando carregado até o final, os juros serão maiores.
CDB prefixado
No CDB prefixado uma porcentagem de juros é acordada no início da aplicação. Assim, em um CDB que te prometa dar 8% ao ano você irá conseguir calcular exatamente quanto receberá no vencimento. Nesse exemplo, você receberá exatamente 8% de juros ao ano sobre o valor aplicado.
Note que esse modelo de rentabilidade é mais arriscada, pois ela não acompanha as taxas da economia. Vamos comparar esse exemplo de um CDB de 8% ao ano com o nosso exemplo anterior de um CDB que rende o IPCA + 5%, com o IPCA a 8% ao ano. Veja que o exemplo de CDB atrelado ao IPCA + 5% (no total de 13% ao ano) ganha do exemplo do CDB a 8% ao ano.
Entretanto, podemos pensar em uma nova situação onde o IPCA esteja a 2% ao ano. Nesse novo exemplo, o CDB atrelado ao IPCA + 5% irá totalizar um ganho de 7% ao ano. Logo, nesse caso, aplicar no CDB a 8% teria um ganho maior do que aplicar na opção pós-fixada.
Todavia, veja que, ainda que no segundo caso o CDB atrelado ao IPCA resulte em um prêmio menor, ele sempre vai te proteger da inflação. Já o CDB prefixado não te garante essa proteção. Nos CDBs atrelados ao CDI você consegue uma proteção também, só que ao invés de proteger da inflação, eles te protegem da alta dos juros no país.
Investir em CDB é fácil

Agora que você já sabe os conceitos básicos dos Certificados de Depósito Bancário, basta buscar uma corretora e iniciar seus investimentos.
Apesar de você poder encontrar CDBs direto nos bancos, sugerimos que abra uma conta em uma corretora. É fácil achar corretoras que não cobram taxas sobre os CDBs. E nelas você vai ter uma variedade maior de CDBs disponíveis.
Esse artigo te ajudou a entender melhor como funcionam os CDBs? Conta pra gente nos comentários!
Até o próximo post!